sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Pullovers - Tudo que eu sempre sonhei

Pullovers é uma banda brasileira que 'nasceu' em 1999, apresentando inicialmente letras somente em inglês.

Em julho de 2001 lançaram seu primeiro CD demo intitulado: Teenage Darling.

Apenas em 2006, em seu quarto CD, trouxeram composições em português para ampliar seus horizontes artísticos.

Em meados de 2009 lançaram o CD 'Tudo que eu sempre sonhei', composto somente de músicas em português. Este último lançamento foi considerado por alguns críticos de música, como um dos melhores CDs lançados no país nos últimos anos.







A banda é formada por:

Luiz Venâncio (voz/guitarra)
Rodrigo Lorenzetti (teclados)
Bruno Serroni (baixo)
Angelo Lorenzetti (violão)
Gustavo Beber (bateria)
Habacuque Lima (guitarra)




O vídeo a seguir é da música de mesmo nome do último CD da banda. Foi gravado nas ruas de SP, não sei dizer exatamente aonde, mas pelos comentários de pessoas que moram lá, parece ter sido embaixo do 'Minhocão'.

Pode-se escutar o barulho dos carros, o que na minha opinião dá um 'charme' a mais no vídeo.




Tudo Que Eu Sempre Sonhei

Composição: Luiz Venâncio

Sempre pensei que aconteceria,
de criança acreditava nos adultos
que era só pagar pra ver.
Feio, meio assim desconfiado,
perna em xis, já barrigudo,
duvidando que eu conseguisse crescer.
Mesmo assim, contudo,
o tempo foi passando
e eu fui adiando, mudo,
os grandes dias que ia conhecer.
Quem sabe amanhã? Próximo ano?
Cebolinha com seus planos
infalíveis ia me ensinar a ser

forte, corajoso, bom de bola,
um dos bonitos da escola
muito embora eu não fizesse questão.
Ainda bem que eu sou brasileiro,
tão teimoso, esperançoso,
orgulhoso de ser pentacampeão,
já que se eu fosse americano
pegaria uma pistola
e a cabeça ia perder a razão:
mataria quinze na escola,
estouraria a caixola
e apareceria na televisão.

E por fim cresci, de insulto em insulto
eu me vi como um adulto,
culto, pronto pra o que mesmo? Já nem sei.
Olho e não encontro,
penso se não fui um tonto
de acreditar no conto
do vigário que escutei.
Não tem carro me esperando,
não tem mesa reservada,
só uma piada sem graça de português.
Não tem vinho nem champanhe ou taça,
só um dedo de cachaça
e um troco magro todo fim de mês.

Tudo que eu sempre sonhei.
Tanto que eu consegui...
É tão bom estar aqui...
Quanto ainda está por vir...

Mas bobagem, quanta amargura,
eu já sei que a vida é dura,
agora é pura questão de se acostumar.
Basta ter coragem e finura
e o jogo de cintura
aprendido dia a dia, bar em bar.
Pra que reclamar se tem conhaque,
se na tevê tem um craque
e o meu Timão só entra pra ganhar?
Pra que imitar Chico Buarque,
pra que querer ser um mártir
se faz parte do momento se entregar?

E por fim tem até namorada,
bonitinha, educada,
séria, tudo o que mamãe vive a pedir.
Tem beijinho e também trepada
e a consciência pesada
a cada nova vontadinha que surgir
de outra mulher, de liberdade,
de um amor de verdade,
de poder fechar os olhos e sorrir,
pensando que então, dali pra frente,
seja qual for tua idade,
o melhor ainda vai estar por vir!

Tudo o que eu sempre sonhei.
Tanto que eu consegui...
É tão bom estar aqui...
Quanto ainda está por vir...

Tudo que eu sempre sonhei.
Tanto que eu consegui...
É tão bom estar aqui...
Eu sei.


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